Fernando Pessoa

Falar de Fernando Pessoa é falar de Pessoas, com este ou aquele nome, com ou sem máscara, e tentar compor o puzzle da sua vida, da sua pessoa que, afinal, nem ele próprio conseguiu completar. A sua biografia pouco nos diz sobre a real dimensão do homem e do génio que, 78 anos após o seu desaparecimento, continua a “inquietar” tantos de nós.

Com efeito, tentar conhecer Pessoa é tarefa que não se esgota no que da sua obra se conhece. Para o encontrar, teremos que o seguir de muito perto, não vá ele escapar-se ou esconder-se sob outro(s) nevoeiro(s ) da sua mutável personalidade. Em cada página, em cada texto, Pessoa renasce como o “ alter ego” de si próprio, na tentativa, sempre frustrada, de se encontrar, ora embrulhando-se no novelo que é o ortónimo, ora desembrulhando-se em alguns heterónimos, num eterno desassossego.

A obra de Pessoa mostra-nos o labirinto do seu “Eu”, através de uma visão fragmentada de um “drama em gente”. A viagem que fez à roda de si mesmo nunca encontrou um porto de abrigo, pois do amor apenas pretendeu que fosse “um sonho longínquo”.

Para revisitar Fernando Pessoa, basta seguir algumas das sugestões de leitura que estão disponíveis na Biblioteca Escolar Clara Póvoa e que pode consultar neste Boletim Bibliográfico.

 

Madalena Toscano

 

 

 

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