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Leituras de Verão....Contos
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- Publicado em 15-05-2014
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«Não há uma única forma de ler bem, apesar de existir uma razão fundamental para ler.»
Harold Bloom
São as histórias que nos fazem, é a fantasia que nos alimenta a alma, são as memórias que nos constroem. Mas somos nós que decidimos como queremos ser construídos e com quê. É por isso que somos humanos.
Os contos, pequenas histórias maravilhosas, fantásticas ou realistas, num instante nos transportam para um mundo imaginário, quão breve nos devolvem à realidade, ou de imediato nos puxam para dentro de outro universo... Leituras convidativas à preguiça de verão, em breves instantes à sombra da esplanada, entre banhos de mar e carícias de sol… Prazeres breves, como os de um delicioso sorvete...
Isabel Bernardo / Leonor Melo
Publicado em 15/05/2014
O dia das mães, dia 11 de maio
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- Publicado em 15-05-2014
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Para que não nos esqueçamos, lembremos através da voz do poeta Miguel Torga
Mãe:
Que visita tão pura me fizeste
Neste dia!
Era a tua memória que sorria
Sobre o meu berço.
Nu e pequeno como me deixaste,
Ia chorar de medo e de abandono.
Então vieste, e outra vez cantaste,
Até que veio o sono.
Miguel Torga
Publicado em 10/05/2014
A propósito do Memorial do Convento
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- Publicado em 06-05-2014
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“Juntam-se os homens que entraram hoje, dormem onde calhar, amanhã serão escolhidos. Como os tijolos. Os que não prestarem, se foi de tijolos a carga, ficam por aí, acabarão por servir a obras de menos calado, não faltará quem os aproveite, mas, se foram homens, mandam-nos embora, em hora boa ou hora má, Não serves, volta para a tua terra, e eles vão, por caminhos que não conhecem, perdem-se, fazem-se vadios, morrem na estrada, às vezes roubam, às vezes matam, às vezes chegam.” (Saramago, 2005, p.307)
Em Memorial do Convento, os homens são, de facto, como tijolos, simples peças da vontade megalómana de um rei e do poder inquisitorial. Quando não servem ou incomodam são eliminados e deles não rezará a História. Mas a História também não denunciará as vidas que se perderam e os sacrifícios vividos pela gente anónima que construiu o Convento de Mafra.
A epopeia da construção do Convento apresenta o seu herói, trágico e universal. Apesar de esmagado pelo poder instituído, este consegue encontrar uma energia renovadora no sonho e no amor.
Dos seus sonhos, a História também não falará. Cabe ao escritor a responsabilidade de reescrever a História para que esta se perpetue na memória dos homens: “ (…) tudo quanto é nome de homem vai aqui, tudo quanto é vida também, sobretudo se atribulada, principalmente se miserável, já que não podemos falar-lhes das vidas, por tantas serem, ao menos deixemos os nomes escritos, é essa a nossa obrigação, só para isso escrevemos, torná-los imortais, pois aí ficam, se de nós depende, Alcino, Brás, Cristóvão, Daniel, Egas, Firmino, Geraldo, Horácio, Isidro, Juvino, Luís, Marcolino, Nicanor, Onofre, Paulo, Quitério, Rufino, Sebastião, Tadeu, Ubaldo, Valério, Xavier; Zacarias, uma letra de cada um para ficarem todos representados (…). (Saramago, 2005, p. 250)
Madalena Toscano
Publicado em 06/05/2014
No Feminino.... Dia da Mãe
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- Publicado em 06-05-2014
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“Mal entrei pela porta comecei a ouvir duas vozes estridentes a berrar por mim. Antes de ter tempo de desfraldar a bandeira branca e pedir tréguas, apanhei com a Margarida e o Rodrigo em cima, a falarem ao mesmo tempo. A pedirem não sei quê, mas a pedirem, sempre a pedirem. Será que não percebem que eu não sou de borracha e não consigo esticar-me para todos os sítios onde querem que eu esteja? De preferência ao mesmo tempo, como se Deus me tivesse dado o dom da ubiquidade. Isso foi ao Santo António, não a mim.”
Stilwell, I., Stilwell, A. (2001). 49233$00 de telefone: Diário de uma mãe/diário de uma filha (3ª ed.). Lisboa: Texto Editora.
O Boletim Bibliográfico nº 6 homenageia a escrita no feminino para quem soube, sabe ou saberá o que é ser mãe.
Mês de maio… o mês do coração
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- Publicado em 06-05-2014
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Maio é o mês do coração. O mês em que nos alertam para os cuidados que devemos ter para não desenvolvermos doenças como a hipertensão. Porque o bater no coração é o sinal da vida.
No Coração, Talvez
No coração, talvez, ou diga antes:
Uma ferida rasgada de navalha,
Por onde vai a vida, tão mal gasta.
Na total consciência nos retalha.
O desejar, o querer, o não bastar,
Enganada procura da razão
Que o acaso de sermos justifique,
Eis o que dói, talvez no coração.
José Saramago, em "Os Poemas Possíveis"
Publicado em 05/05/2014
Dia 3 de maio, dia Mundial da Liberdade de Imprensa
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- Publicado em 29-04-2014
- Visitas: 3553
Estar informado é uma das bases essenciais da cidadania ativa. Ler jornais e revistas, em papel ou em suporte eletrónico, é uma atividade a fazer todos os dias. Nas bibliotecas escolares do Agrupamento de Escolas Finisterra-Cantanhede podemos encontrar, entre outros, o jornal Público, as revistas Visão, National Geographic e Ler.
Publicado em 29/04/2014
1 de maio, dia Internacional do Trabalhador
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- Publicado em 29-04-2014
- Visitas: 3439
O trabalho é o que permite ao homem a transformação da natureza em cultura. O trabalhador é aquele que modela a realidade e a coloca ao serviço da necessidade de todos.Trabalhar significa criar, significa ser.
Um Ofício que Fosse de Intensidade e Calma
Um ofício que fosse de intensidade e calma
e de um fulgor feliz E que durasse
com a densidade ardente e contemporâneo
de quem está no elemento aceso e é a estatura
da água num corpo de alegria E que fosse fundo
o fervor de ser a metamorfose da matéria
que já não se separa da incessante busca
que se identifica com a concavidade originária
que nos faz andar e estar de pé
expostos sempre à única face do mundo
Que a palavra fosse sempre a travessia
de um espaço em que ela própria fosse aérea
do outro lado de nós e do outro lado de cá
tão idêntica a si que unisse o dizer e o ser
e já sem distância e não-distância nada a separasse
desse rosto que na travessia é o rosto do ar e de nós próprios
António Ramos Rosa, in "Poemas Inéditos"
Publicado em 29/04/2014